segunda-feira, 14 de junho de 2010

Memória da reunião do dia 14 de junho de 2010

Atenção, segue abaixo a Ata para leitura, acrescimos e revisão.

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ATA de reunião do Fórum Permanente de Música do Pará


Estiveram presentes à reunião Marcos Campelo, Marcos Puff, Nicolau Amador, Cesar Escócio, Rand Frank, Gláfira Lobo, Joel Melo, Augusto Hijo, Renato Gusmão, Diego Fadul, Eric Alvarenga, Vera Paoloni, Claudio Puty, e Erika Mohry, que se reuniram às 18h30 do dia 14 de junho de 2010, na sala de ensaios do Teatro Margarida Schivassappa, com a finalidade de discutir a organização do fórum. Na ocasião, o fórum recebeu a visita do ex-chefe da Casa Civil do Estado, Claudio Puty. Nicolau Amador disse que na ocasião era necessário a elaboração de uma pauta estadual, antes de mais nada, para que o Fórum pudesse pautar o próximo mandato estadual e candidaturas legislativas estaduais e federais para políticas que ajudem na consolidação de um projeto da cadeia produtiva, considerando o dialogo com os pré-candidatos algo saudável e republicano.
Claúdio Puty anunciou que está aberto ao diálogo para ajudar a elaborar essa pauta e pediu apoio para a sua candidatura a Câmara Federal bem como se ofereceu para que abra um canal de articulação, discutido com o fórum, para que essas políticas possam ser pautadas pelo governo estadual na possibilidade de reeleição da governadora Ana Júlia Carepa. Cláudio ouviu perguntas e críticas dos membros do fórum e respondeu a elas. O primeiro a se manifestar foi Renato Gusmão que ponderou o discurso da Secult a respeito da mudança de uma política de balcão para a política de editais e considerou que a política de editais ainda não é suficiente para atender as demandas do setor artístico e cultural. Em seguida, Márcio Macedo fez uma observação sobre o potencial artístico do Pará e a necessidade de uma política articulada que envolva o turismo e a economia da cultura dentro do Governo. Ele perguntou sobre a visão de Claudio sobre essa questão. Cláudio respondeu a Gusmão dizendo que o ideal entre a política dos editais e a “política de balcão” deveria se dar através de um modelo discutido com o Fórum e deu o exemplo dos arranjos produtivos locais, investindo em ações que mesmo sem apoio já vem dando certo. Sobre o olhar do governo sobre a economia da cultura, Puty disse que não considera a produção cultural apenas como economia mas como “manifestações do espírito”, no entanto, se tais manifestações podem gerar renda e movimentar a economia ele apóia o investimento nela. No entanto, Puty disse “sinceramente” que o Fórum não deve esperar muita compreensão dos setores da Fazenda e do Planejamento de qualquer governo um olhar mais cuidadoso sobre o setor, pois historicamente os orçamentos contemplam outras áreas. Para ele, essa realidade deve ser mudada a partir da articulação e da pressão política bem como a institucionalização de canais de interlocução com o governo. Na volta da palavra, Augusto Hijo elogiou o apoio que Puty deu na formalização do projeto Pará Pró Mùsica junto ao SEBRAE-PA e disse que essa interlocução poderia se dar através da câmara setorial de políticas sócio culturais ou da formação de uma instancia de governança que seja pautada pelo Forum. Nicolau disse que a economia da cultura é uma matéria nova e que uma política pública construída sobre a base desse conhecimento deve se dar através do estudo das necessidades e das analises dos modelos de desenvolvimento setorial que já existem, como as cooperativas de música, as redes, os fóruns mais estruturados como o de Minas Gerais e outros, e frisou a necessidade de estimular ações associativas entre os vários segmentos da música paraense para que a representatividade junto ao fórum seja melhor qualificada.
Glafira Lobo, Rand Frank, Renato Gusmão e Marcos Puff fizeram falas sobre a política estadual, desde a organização dos teatros até a necessidade de garantir investimentos e participações mínimos em orçamentos e/ou em eventos de grande porte. Claudio Puty explicou que o governo sofreu muito com a crise econômica e que algumas ações planejadas para a cultura tiveram que ser suspensas por causa disso. Ele disse também que a solução para o problema deve ser apontada pelo Fórum e que a iniciativa dele é uma alternativa para pautar o governo e buscar ações, e encerrou sua fala dizendo que gostaria que o Fórum elaborasse uma pauta para que ele possa discutir com o Fórum em outro momento a ser marcado e deixou seus contatos e de sua assessoria para um próximo encontro. Após a saída de Puty, os membros do fórum discutiram a necessidade de maior organização e representatividade para pautar o Governo e as candidaturas. Cesar Escocio sugeriu que cada um traga ao menos dois colegas para a próxima reunião, marcos Campelo sugeriu que as reuniões sejam quinzenais e Renato Gusmão sugeriu que a próxima reunião aconteça extraordinariamente na próxima semana dia, 21, e dia 28, respectivamente, para que a elaboração de uma pauta seja urgente. Nicolau, que estava presidindo a Assembléia, frisou a necessidade de estabelecer um regimento do fórum e sua estrutura organizacional e disse da necessidade de se assumir responsabilidades na execução de cada tarefa para que ninguém se sobrecarregue. As propostas foram aprovadas por consenso. Marcos Puff disse que seria importante chamar outras instituições e Nicolau frisou que deve ser formada uma comissão de articulação para esse trabalho, mas que ninguém pode obrigar as pessoas a participarem do Fórum, o que não nos deve ser empecilho para trabalhar as ações. Sem mais, Nicolau deu por encerrada a reunião e confirmou o próximo encontro para o dia 21, às 18h30, no mesmo local. Eu registrei essa ata.


Belém, 14 de junho de 2010.

Augusto Hijo


Belém 14 de junho de 2010.

Um comentário:

  1. Tomei um susto em ver o ex-chefe da casa civil na reunião do dia 14. Sugiro que essas presenças sejam informadas nas próximas vezes para que não pareçam meramente eleitoreiras. De qualquer forma, parabenizo Nicolau, Hijo e Glárifa pela atuação firme à frente do Fórum, e reafirmo a sugestão colocada na reunião na qual as pautas de todas as reuniões vindouras devem ser enxutas, públicas e objetivas, a cada 15 dias. Parabenizo também as presenças importantes de Puff, Campelo, Gusmão e dos demais.
    "Não há mudança de resultados, sem mudança de atitude". Espero que nossos irmãos da cadeia produtiva musical possam perceber o quanto antes a importância de estarmos organizados.

    Marcio Macedo

    marcio.mmproducoes@gmail.com

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